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terça-feira, 17 de maio de 2016

O capítulo que nos fez gostar de... Severo Snape

Demorou muito para entender Severo Snape.

Tradução de pottermore.com por Kalel Pessanha
Aviso: muitos SPOILERS.

Um olhar atento nas memórias de Severo Snape transformou a imagem de Harry do mestre de Poções no "homem mais corajoso que ele já conhecera". Vamos dar uma olhada no capítulo de Relíquias da Morte que mudou tudo.

"A História do Príncipe"

O Professor Snape está morto, às ordens de Voldemort e Harry viu tudo. Em seus momentos finais, ele pede que Harry leve suas memórias as veja pela última vez. A voz de Voldemort ecoa pelos corredores, desafiando Harry a encontrá-lo na Floresta Proibida dentro de uma hora. Este é o fim.

Harry vai até o escritório do diretor, e encontra a Penseira:
"A Penseira de pedra repousava sob o gabinete aonde sempre esteve: Harry colocou-a sobre a mesa e despejou as memórias de Snape dentro da grande bacia marcada de runas em torno da borda. Entrar dentro da mente de outra pessoa poderia ser um alívio... nada do que Snape fez poderia ser pior do que seus próprios pensamentos."
Em crianças, Harry, Rony e Hermione enxergavam o sarcástico e rigoroso Professor Snape como uma espécie de vilão – o cruel mestre de Poções, que trabalhava nas masmorras. Em adultos, aprenderam que Snape era bem mais complexo.

Em Relíquias da Morte, quando Harry se aproxima da Penseira, ele está aflito e frágil pela batalha. Ele praticamente mergulha nas memórias de Snape e descobre um garotinho de rosto fino que há muito conhecera uma garota chamada Lílian. A mãe de Harry e Snape eram amigos de infância. Cresceram juntos no pequeno vilarejo trouxa de Cokeworth, conversando sobre seus poderes mágicos enquanto as outras crianças brincavam.

Em Hogwarts, os dois amigos foram classificados para Casas diferentes, e, mais tarde, Snape sentiu ter ido para o grupo errado. Não só pelos adolescentes, mas também pelo futuro apoio ao bruxo das trevas mais poderoso de todos tempos.

Nestas memórias Harry viu as conversas agitadas de Snape com Dumbledore sobre a profecia e como ele implorou por alguma maneira de manter Lílian salva de Voldemort; e mais tarde quando a morte dela o fez desejar sua própria.

© JKR/Pottermore Ltd. ™ Warner Bros.

Por que é importante

"A História do Príncipe" é uma longa história. Nós vemos a vida de Snape desde criança, um garoto neglicenciado por pais (completamente) hostis, seu amor não correspondido por alguém que se casou com seu inimigo de escola, e sua vida estressante como agente duplo.

Esse padrão é tecido em cada livro: Snape é mal, Snape é bom. Snape se salvou várias vezes. Quando Snape é incumbido da terrível tarefa de matar o Professor Dumbledore, ele cumpre tudo perfeitamente: esta é a prova cabal de que Snape era desleal, embora saibamos que ele tinha que matar Dumbledore por razões nobres que quase ninguém conhecia.

A coragem de Snape é vacilante. Ele é sempre visto como o cara mal, ainda que ajudasse Harry às escondidas ao longo do seu trágico destino secreto – ninguém foi capaz de descobrir. É claro, Snape being who he is he makes no habit of being cheery, o que não ajuda em nada.

Quase que Snape cria um tipo de efeito borboleta em todos os livros. Foi Snape quem ouviu a profecia que viria a definir as vidas de Lorde Voldemort e Harry Potter anos mais tarde. A profecia pode ser vista como a catalisadora de tudo; levou à morte de Lílian, seu grande amor, e Snape passou a vida toda de Harry (e a dele) tentando reparar as coisas. Se pensar assim, Snape pode ser visto como o maior instigador dos eventos da história.


Janelas para a alma

Snape morreu olhando nos olhos de Harry. Os olhos do menino que sobreviveu, porque a mulher que ele amou morreu. Os olhos do menino que se parecia com seu pai; o homem que o intimidava, e casou-se com o amor de sua vida. Imagine ter que olhar para esses olhos neste momento; the eyes that both pained you intensely and yet made you feel love more than anything in the world. Snape’s final moments are perhaps the bravest we have seen of any character.

Within Deathly Hallows' lingering, final chapters we understand that Snape lived his life as a tortured, double-agent, constantly flickering from the good side to the bad like a broken light, and all in the name of an undying love that cemented his loyalty to Harry and Dumbledore.

© JKR/Pottermore Ltd. ™ Warner Bros.

Right from the start in Philosopher’s Stone, three, naïve children thought that the big meanie Potions professor was the antagonist trying to steal the stone. It is only at the end that we understand that he was the one trying to stop it all: always the silent hero behind the shadows. In ‘The Prince’s Tale’ we unfurl the layers of quite a remarkable man. One whose name would be given, very deservedly, to one of Harry’s future children.

Snape has taught us that there are no good men and bad men, that we are born full of foibles, and complexities and painted in thousands of different shades. Whether we choose to see Snape as that mean professor, calling Harry ‘our new celebrity’, or as the chivalrous hero casting a meaningful Patronus, is up to you. But as Dumbledore often likes to say; ‘It is our choices that show who we truly are’. Snape made some bad choices, and sometimes he was hard on Harry for no good reason. But he did spend much of his life making choices that would go some way to repair the one, truly terrible one.

© JKR/Pottermore Ltd. ™ Warner Bros.

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